O Delegado titular da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Gustavo Belão afirmou queos criminosos do Novo Cangaço responsáveis pela invasão em Confresa usavam carros roubados, sendo alguns blindados e armamentos contrabandeados de outros países.
Três armas foram furtadas da Polícia Militar de São Paulo.
Na apresentação do balanço da Operação Pentágono nesta semana, o delegado afirmou que alguns carros ficaram guardados em duas residências, por cinco meses. Por aproximadamente dois anos, os 33 criminosos que foram identificados se armaram fortemente e roubaram vários carros.
Os veículos usados pelos bandidos eram uma Toyota SW4, Mitsubishi Outlander, Dodge Durango, Land Rover Sport e Kia Sorento. Todos eram blindados. Também foram usados uma Toyota Hilux, outra SW4, Volkswagem Voyage, Hyundai Tucson e uma Fiat Toro. Estas estavam sem blindagem. Segundo Belão, os bandidos planejaram a invasão por cerca de dois anos.
As garagens das residências alugadas, onde ficavam os carros, foram construídas pelos alvos."Praticamente todos os veículos eram roubados, cinco deles eram blindados e foram roubados em São Paulo. Um dos presos lá em Redenção (PA) disse que foi convidado a participar desse crime lá em Confresa há pelo menos dois anos antes do crime. Então esse é o período que estamos levando em consideração", disse o delegado.
A autoridade policial pontuou que os armamentos utilizados pelos criminosos também eram contrabandeados e alguns estavam com a numeração raspada. Além disso, três armamentos eram da Polícia Militar de São Paulo. "Especificamente esses armamentos da polícia de São Paulo foram todas furtadas e existe uma investigação por lá. Outros armamentos são de origem estrangeira ali do Paraguai, outros são roubados e tinham a numeração raspada e muitas vezes esses armamentos vem de outro país", reforçou Belão.
A invasão
O fato aconteceu no dia 9 de abril, quando aproximadamente 20 criminosos realizaram um cerco na cidade de Confresa usando veículos. Eles renderam policiais que estavam no quartel da PM. Enquanto dois grupos ateavam fogo nos carros e mantinham os agentes presos, os demais invadiram a transportadora de dinheiro para explodir o cofre principal.
Os bandidos usaram explosivos e danificaram vários cômodos da transportadora, mas não conseguiram abrir o cofre. O grupo pretendia levar R$ 60 milhões. Os bandidos fugiram com carros e embarcações pela divisa com Tocantins. Em 40 dias de operação, 18 criminosos morreram em confronto com as forças de segurança.
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