O senador Wellington Fagundes (PL) criticou a demora do governo Mauro Mendes (União) no combate às queimadas no ocorrendo no Pantanal, especificamente no Parque Estadual Encontro das Águas, localizado entre Poconé e Barão de Melgaço. Para ele, faltou celeridade na elaboração de projetos e sua implementação na política de prevenção na região.
“Essa reunião que aconteceu agora, antes tarde do que nunca. Porque, pelo menos, o governo federal com o governo do estado se entenderam em uma ação que não pode acontecer só nesse momento. Tem que ser durante o ano inteiro. Por isso nós precisamos, na verdade, trabalhar muito intensamente agora para acabar com essas queimadas e contar com a ajuda de Deus também. Mas planejar de forma mais definida, sustentável e que a gente possa fazer para os próximos anos sem demora na tomada de decisão”, disse nesta quinta-feira (16).
Segundo ele, o necessário para conter as queimadas não foi feito e sim apenas algumas ações paliativas. “Nós precisamos de um trabalho muito maior. Inclusive, de conscientização também, porque lá nós temos os ribeirinhos, quilombolas, os indígenas. E tem que ter um atendimento específico com cada comunidade. Então, cuidar do Pantanal não é uma tarefa para um só. Cuidar do Pantanal é uma tarefa para todos. E aí quando eu falo todos, são também os órgãos federais, estaduais e municipais”, completou.
Fagundes afirmou, ainda, que é preciso apresentar ações concretas para o Pantanal e lembrou que já existe um projeto elaborado com a Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM) e a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) para avançar na perfuração de poços artesianos na região. Obras esta que não foi executada, mesmo com os equipamentos já comprados para isso.
Ele defendeu a aprovação do Estatuto do Pantanal, que ele apresentou ainda em 2021 no Congresso Nacional. “Temos que aprovar isso, porque hoje quem tem a sua propriedade está na insegurança total. Então, isso nós temos que resolver e eu espero que agora a gente possa sensibilizar os companheiros lá no Congresso Nacional para aprovar também o Estatuto do Pantanal”, finalizou.
Nos últimos dias, atuam no Pantanal mato-grossense cerca de 100 bombeiros de Mato Grosso, sendo 60 apenas no Parque Estadual Encontro das Águas, e 90 brigadistas do Ibama. As ações contam ainda com o apoio de 3 aviões da Defesa Civil do Estado, helicópteros do Centro Integrado de Operações Aéreas (CIOPAer) e Ibama, 11 barcos, viaturas e caminhões-pipa.
No total, são 8 frentes de combate aos incêndios no Pantanal. As frentes se dividem no Parque Estadual Encontro das Águas, bacia hidrográfica do Rio Sararé, região de Mimoso, comunidade São Pedro de Joselândia, Fazenda Alvorada do Pantanal, fronteira com a Bolívia/San Matías, e nas áreas federais Parque Nacional do Pantanal/Reserva do Dorochê e Terra Indígena Portal do Encantado.
FONTE/CRÉDITOS: Agencia da Noticia
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