Policial

O coronel Alexandre Corrêa Mendes, comandante-geral da Polícia Militar de Mato Grosso, afirmou na terça-feira (18) que durante a perseguição aos bandidos que atacaram a cidade de Confresa, as forças de segurança de Mato Grosso foram impedidas de entrar no Pará por não terem ordem para atuar no Estado vizinho.

“Entramos no Pará, só que recebemos ordem que era para voltar, que nós não tínhamos atribuição de atuar no Pará. Enquanto eu vi essa imagem, eu falei, caramba, será que os caras vão fugir? ”, questionou. Mendes afirmou que então fez um telefonema para o comandante geral da PM paraense, Coronel Ricardo Rocha, solicitando apoio para obstruir a fuga dos criminosos.

“Falei, Ricardo, vamos dar um jeito de colocar um caminhão no aeroporto que esses caras não podem fugir, que o pessoal não pode fugir, e vamos dar um jeito de quebrar as viagens de acesso deles”, explicou.

Ao mesmo tempo, Alexandre disse que também ligou para o comandante da polícia do Tocantins, o Coronel Márcio Antônio Barbosa de Mendonça, para fechar a região de fronteira e evitar a fuga dos criminosos. E foi no estado vizinho que as buscas pelo grupo criminoso se arrastaram por 38 dias. Dezenove criminosos morreram em confrontos com as forças policiais, segundo a Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp).

A Operação Canguçu, deflagrada após os ataques à Confresa, contou com cerca de 130 agentes das forças policiais de Mato Grosso, e outros 220 dos estados do Tocantins, Pará, Goiás e Minas Gerais. Ao todo foram 38 dias de busca aos criminosos, que fugiram para o Tocantins após o ataque.

“O protagonista, o protagonismo, garanto para vocês, não precisa ser da Polícia Militar, não precisa ser da Polícia Civil, qual o estado A, B ou C, não precisa. Confresa, quando eu falo que é o sucesso, eu falo, as forças de segurança, não importa qual o estado seja, a resposta foi dada”, finalizou.