Política

As articulações para as eleições municipais de 2024 opõem partidos e lideranças aliadas ao governo Lula (PT) em vários Estados. Em Mato Grosso a situação não é diferente, conforme destaca a reportagem de O Globo.

Diante das movimentações, a disputa para abrigar nomes vistos com potencial eleitoral criou novo foco de tensão entre 13 siglas que apoiam o governo.

Em Cuiabá há uma queda de braço entre o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) e a cúpula local do Partido dos Trabalhadores (PT), que deseja lançar o deputado estadual Lúdio Cabral à Prefeitura de Cuiabá.

O atual chefe da Capital tenta emplacar a candidatura do seu vice, José Roberto Stopa (PV), que faz parte da federação junto com o PT e o PC do B. Para driblar a situação, Pinheiro avalia filiar Stopa ao MDB. Contudo, o prefeito teria que enfrentar atritos internos com sua correligionária, a deputada Janaina Riva, que já deixou claro que deseja ter Emanuel e seus aliados longe do partido.

A rixa política na Capital de Mato Grosso também envolve o Partido Social Democrático (PSD), do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e o Partido Progressista (PP), do secretário de Política Agrícola Neri Geller. As duas siglas trabalham pela filiação do presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho, que hoje integra outro partido da base do Palácio do Planalto, o União Brasil.

Botelho deve se lançar à prefeitura e também pode atrair o apoio de Pinheiro, rival do governador Mauro Mendes (União). Contudo, o chefe do Legislativo aguarda a definição de Mendes, que demonstra certo favoritismo pela candidatura do chefe da Casa Civil, Fábio Garcia.