Um país onde uma mulher é assassinada a cada seis horas, em um crime motivado pela vítima ser mulher. Um país que é o 5º no ranking mundial de Feminicídio, crime que geralmente acontece em casa.
Os crimes de feminicídio registrados no estado do Mato Grosso neste ano deixaram 36 crianças sem mães. De acordo com dados da Polícia Civil, das 18 mulheres que morreram, pela condição de ser mulher ou em decorrência de violência doméstica, 15 delas tinham filhos com os agressores.
O crime trata-se de um crime de ódio. O conceito surgiu na década de 1970 com o fim de reconhecer e dar visibilidade à discriminação, opressão, desigualdade e violência sistemática contra as mulheres, que, em sua forma mais aguda, culmina na morte. Essa forma de assassinato não constitui um evento isolado e nem repentino ou inesperado; ao contrário, faz parte de um processo contínuo de violências, cujas raízes misóginas caracterizam o uso de violência extrema. Inclui uma vasta gama de abusos, desde verbais, físicos e sexuais, como o estupro, e diversas formas de mutilação e de barbárie.
De acordo com a psicóloga Ana Paula Nascimento é necessário prestar atenção nos primeiros sinais de agressão feitas pelos parceiros, sejam eles: psicológicos, verbais ou sexuais.
Se precisar de ajuda:
Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 presta uma escuta e acolhida qualificada às mulheres em situação de violência. O serviço registra e encaminha denúncias de violência contra a mulher aos órgãos competentes, bem como reclamações, sugestões ou elogios sobre o funcionamento dos serviços de atendimento.
O serviço também fornece informações sobre os direitos da mulher, como os locais de atendimento mais próximos e apropriados para cada caso: Casa da Mulher Brasileira, Centros de Referências, Delegacias de Atendimento à Mulher (Deam), Defensorias Públicas, Núcleos Integrados de Atendimento às Mulheres, entre outros.
A ligação é gratuita e o serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana. São atendidas todas as pessoas que ligam relatando eventos de violência contra a mulher.
O Ligue 180 atende todo o território nacional e também pode ser acessado em outros países.
Ana Flávia Moreira
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