A Polícia Civil descobriu um cemitério clandestino usado por facção criminosa no bairro Osmar Cabral, em Cuiabá. A informação foi confirmada pelo delegado Caio Fernando Alvares de Albuquerque, durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira (6). Os agentes chegaram ao local a durante buscas por 4 maranhenses executados na Capital em 2021 e apuração faz parte da Operação Kalypto.
"Todas as investigações falam que na região do grande Osmar Cabral há um cemitério clandestino, ali é um local que as informantes sempre depõem que estão os corpos. Então, tudo indica que não estão somente os dos maranhenses e, sim, mais dezenas de corpos, resta a gente conseguir localizar o ponto exato desse cemitério clandestino usado pela facção", explicou o delegado.
A continuidade das investigações para encontrar os corpos é um compromisso da polícia com a família, visto que o inquérito que tem mais de 4 mil páginas, com provas suficientes para condenar os criminosos envolvidos na execução brutal dos maranhenses. Contudo, os restos mortais ainda não foram localizados.
Tiago Araújo, 32, Paulo Weverton Abreu da Costa, 23, Geraldo Rodrigues da Silva, 20, e Clemilton Barros Paixão, 20, foram mortos após o Comando Vermelho acreditar que eles eram membros da facção rival. Os 4 estavam em Cuiabá para trabalhar.
"Uma das vítimas era possivelmente de uma facção rival, o segundo foi morto por falar demais, os outros dois estavam junto e foram mortos como queima de arquivo", disse o policial.
Desaparecidos
Os 4 homens chegaram em Cuiabá para trabalhar. Eles se instalaram em um conjunto de quitinetes e no dia 2 de maio de 2021, foram retirados do local por um grupo de criminosos armados.
Familiares estranharam o sumiço das vítimas e familiares de dois deles já procuraram a polícia no dia seguinte, denunciando o desaparecimento. Em diligência, a polícia descobriu que um morador do bairro teria, supostamente, envolvimento no desaparecimento.
A facção ainda coagiu familiares das vítimas, que foram obrigadas a irem embora de Cuiabá.
Operação Kalypto
A primeira fase da operação foi deflagrada em janeiro deste ano e mirou o Comando Vermelho. Ao todo, 8 investigados foram indiciados pelos crimes de sequestros e homicídios qualificados, ocultação de cadáver e integração de organização criminosa. Uma pessoa foi indiciada por falso testemunho e responde em liberdade.
FONTE/CRÉDITOS: Agencia da noticia
Comentários: