A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, revelou que o ex-PM Almir Monteiro se encontrou com uma mulher, após abandonar o corpo de Cristiane Castrillon no Parque das Águas.
Ele foi filmado, por uma câmera de segurança, em um novo encontro amoroso 30 minutos após o crime, na casa onde a advogada foi brutalmente assassinada.
Além disso, o inquérito da Polícia Civil, apontou que Cristiane ficou na casa do suspeito por seis horas, antes de ser deixada no Parque. Durante esse intervalo, o corpo dela permaneceu na sala, enquanto o ex-PM, fazia à limpeza dos cômodos da casa, utilizando produtos químicos, incluindo creolina, na tentativa de encobrir as evidências do crime.
De acordo com o delegado Marcel Oliveira, a análise indicou que o rastro de sangue teve origem no quarto, com marcas de gotejamento ao longo do corredor da casa. O corpo foi mantido na sala, onde as manchas de sangue maiores se concentraram, especialmente próximo à garagem, enquanto o suspeito realizava uma limpeza minuciosa em toda a casa.
A investigação revelou ainda que o assassinato de Cristiane ocorreu entre 00h e 02h de domingo (13). Durante esse período, testemunhas relataram ter ouvido gritos da vítima. Na manhã seguinte, por volta das 8h30, o corpo foi abandonado no Parque das Águas. O autor do crime foi identificado e detido pela polícia apenas 1h50 de segunda-feira (14) após o registro da ocorrência. O delegado contou que em depoimento, Almir demonstrou ser frio e calculista.
A mulher que esteve em um encontro amoroso com ele após o crime, também prestou depoimento e relatou que ao descobrir o que ele tinha feito. Ela agradeceu à polícia por evitar que também se tornasse a próxima vítima de Almir.
A mulher disse ter conhecido Almir por meio de um aplicativo de relacionamento e estava no terceiro encontro com ele. Durante o encontro com o ex-PM, informou que ele agiu de forma violenta, chegando a segurá-la com força pelo pulso e tentou praticar sexo anal, o que ela rejeitou.
Ela explicou que diante da recusa Almir a reagiu de forma violenta, deixando lesões nos seus punhos.
Já com Cristiane, os policiais identificaram que ela também teria negado o ato sexual, e por isso teria sido brutalmente espancado, o que a deixou com ferimentos na cabeça – na região frontal, lateral e nuca. Posteriormente, ela foi morta por asfixia.
De acordo o delegado, Almir simulou a saída da vítima da casa para encobrir o crime, colocando óculos escuros e deixando o corpo no Parque das Águas.
Almir permanece detido e foi transferido para a Penitenciária Central do Estado (PCE) nesta semana. Ele foi indiciado por estupro, homicídio com quatro qualificadoras e fraude processual por tentar limpar a cena do crime com produtos químicos.
O caso
A advogada Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni, de 48 anos, foi encontrada morta, na tarde de um domingo, no dia 13 de agosto, dentro de um Jeep Renegade, nas proximidades do Parque das Águas, em Cuiabá.
O irmão da advogada conseguiu localizar o carro dela por meio de um aplicativo de rastreamento, no Parque das Águas. Ao chegar, ele encontrou Cristiane inconsciente no banco do passageiro. A causa da morte foi por asfixia.
Um primo de Cristiane, contou que a vítima e o suspeito se conheceram no dia 12 de agosto, próximo da Arena Pantanal. Eles foram para a casa do suspeito, que fica no bairro Santa Amália. Desde então os familiares não tiveram mais notícias da vítima.
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