Durante interrogatório na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que a demissão do ex-secretário de Políticas Agrícolas do Mapa, Neri Geller, foi uma medida necessária para garantir transparência nas investigações sobre a tentativa de fraude no leilão de importação de 263 mil toneladas de arroz pelo Brasil, ao custo de R$ 1,3 bilhão.
Fávaro ressaltou que a Polícia Federal e a Controladoria-geral da União estão investigando o caso, e que o governo mantém firme a ideia de importar arroz, apesar das polêmicas e suspeitas de fraudes no certame.
Ele também mencionou a possível abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito, apelidada de CPI do Arroz, para investigar o assunto.
A exonerção de Neri Geller se deu após a divulgação de irregularidades no leilão, incluindo a participação do ex-assessor de Geller como representante de empresas vencedoras.
Em resposta a questionamentos sobre a necessidade do leilão, Fávaro argumentou que a medida foi tomada para evitar especulação de preços devido a problemas climáticos no Rio Grande do Sul.
Apesar das críticas e suspeitas, o ministro reiterou que o governo está comprometido em importar arroz, destacando que melhorias serão feitas nos próximos editais.
As empresas de Robson Luiz de Almeida França, ex-assessor de Geller, intermediaram a venda de 44% do arroz importado, levantando ainda mais questionamentos sobre as irregularidades no certame.
Diante do escândalo, Geller foi exonerado e o governo está empenhado em investigar a situação para garantir a transparência e a lisura do processo.
A exoneração, segundo Fávaro, não se trata de um julgamento, mas sim de uma medida para permitir que as investigações avancem sem conflitos de interesse.
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