Política

Após anos de desavenças e "cabos-de-guerra", o governador Mauro Mendes (União) sinalizou trégua nas diferenças para trabalhar junto com o prefeito Emanuel Pinheiro em prol da reconstrução do Shopping Popular. Em evento na tarde desta quarta-feira (17), o primeiro após as férias, o chefe do Executivo afirmou que o Estado estuda maneiras para encaminhar recursos aos comerciantes afetados.

“Vamos fazer nossa parte e esperamos que a prefeitura faça a dela também. Já disse que vamos agir, separados ou juntos. Vamos trabalhar junto com todos que queiram ajudar”, afirmou ao ser questionado sobre a possibilidade de parceria para a reconstrução do local que faz parte do cotidiano dos cuiabanos e que sustentava milhares de famílias.

Apesar de admitir que irá oferecer recursos aos lojistas, o governador não disse quanto, como e nem quando esse dinheiro irá chegar às mãos dos trabalhadores. Segundo ele, há linha de crédito disponível no Desenvolve MT, mas não detalhou taxas de juros, nem prazo de pagamento.

“Vamos estudar meio legais, mas já está sendo construída dentro do Desenvolve MT linhas de crédito para contribuir com a retomada daquela importante atividade. Eu não sou um governador que toma decisões precipitadas. Temos que tomar decisões técnicas e não agir por impulso”, ponderou.

Questionado sobre o motivo da demora em tomar decisões para repasse aos cuiabanos, uma vez que foram mandados recursos ao Rio Grande do Sul para socorro ao Estado e vítimas de enchentes, Mauro disse que havia fundo disponível para tal medida e não saiu diretamente do erário. Em maio, Mato Grosso doou R$ 50 milhões por meio do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab).

“Todas são grandes catástrofes. O dinheiro foi tirado dos produtores rurais, porque é um fundo pago pelos produtores rurais de mato Groso e uma grande porcentagem deles são oriundos do Sul do país. Nós estudamos para tomar decisões corretas e aplicar corretamente o dinheiro público para socorrer qualquer brasileiro e qualquer mato-grossense. Isso vai acontecer. Não basta querer fazer, se fizer aquilo ao arrepio da legislação, colocamos em risco a agência. Por isso temos cautela”, declarou.

Incêndio

O Shopping Popular foi destruído por incêndio na madrugada de segunda-feira (15). O prédio virou cinzas, assim como as mercadorias dos lojistas. Na semana que vem, eles devem ser realocados para um novo espaço, mas ainda é preciso dinheiro para capital de giro para comprar produtos. Até o momento não houve decisões concretas sobre encaminhamento de dinheiro aos afetados.