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Incêndios colocam autoridades sob pressão em MT

O avanço descontrolado dos incêndios em Mato Grosso tem aumentado a pressão sobre a classe política do Estado.

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O avanço descontrolado dos incêndios em Mato Grosso tem aumentado a pressão sobre a classe política do Estado. A situação ocorre em meio a uma “guerra de narrativas” entre as autoridades, que tentam apontar os culpados pelas queimadas.

No Pantanal, em Poconé, atrativos turísticas de Chapada dos Guimarães, incluindo cachoeiras e pontos de visitação, foram fortemente atingidos, levando ao fechamento de diversas áreas. Em algumas aldeias indígenas, o fogo avança rapidamente, colocando em risco comunidades vulneráveis, que têm recebido pouco suporte diante da situação.

O comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Flávio Gledson Vieira Bezerra, afirmou que as equipes atuam em sua capacidade máxima. “São mais de R$ 360 milhões aplicados no Corpo de Bombeiros para o combate a incêndios florestais nos últimos 5 anos. Neste ano, temos o máximo de equipes empenhadas. Nunca tivemos tantas pessoas atuando como temos hoje. Além do Corpo de Bombeiros, mais de mil militares estão em revezamento. O Estado contratou 150 brigadistas, houve parcerias com os municípios e produtores rurais, que ajudaram com veículos”, declarou.

O coronel também destacou os desafios na identificação de incêndios criminosos. Em Sorriso (420 km de Cuiabá), um homem foi preso suspeito de atear fogo em diversos pontos, inclusive, em uma propriedade rural da cidade. Até segunda-feira (9), 17 pessoas já tinham sido presas pelo mesmo crime.

"Temos informações de que uma pessoa colocou fogo em vários locais diferentes. Se alguém for flagrado colocando fogo, mesmo que doméstico, será conduzido, multado e preso. Orientamos a população a evitar o uso de fogo durante este período de seca extrema”, alertou o comandante.

Nesta semana, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, determinou que Estados enviem mais equipes para combater incêndios na Pantanal e Amazônia. A cobrança, contudo, não foi recebida pelo chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, que argumentou que o Estado cumprido com o papel.

"O ministro Dino não conversou com Mato Grosso. Aqui, estamos trabalhando intensamente. Estamos vivendo uma das maiores secas da história, com mais de 150 dias sem chuva na Baixada Cuiabana. Temos incêndios de origem natural, acidental e criminosa. Já pegamos 16 pessoas cometendo crimes ambientais”, afirmou Garcia.

Apesar das ações do Estado, a fumaça decorrentes dos incêndios se espalhou por Cuiabá e cidades vizinhas. 58 municípios estão em emergência por conta da situação. O governo do Estado justifica que se prepara há 5 anos, mas o avanço das queimadas levanta questionamentos sobre a eficiência das medidas.

O presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Carlos Avallone (PSDB), reforçou a importância do apoio federal para fazer um trabalho conjunto. “Toda e qualquer ajuda do governo federal é muito bem-vinda”, pontuou.

FONTE/CRÉDITOS: Agencia da noticia
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