Política

A deputada estadual Janaina Riva (MDB) não quis culpar o Governo do Estado por ela ter sido preterida na disputa pela primeira-secretaria da Assembleia Legislativa, pois considera que os parlamentares têm autonomia para votar. 

A eleição para a nova Mesa Diretora, responsável pelo biênio 2025/2026, ocorreu na manhã desta quarta-feira (07) e homologou o deputado Max Russi (PSDB) como futuro presidente, o que estava definido desde o início das conversas. 

Responsável por um orçamento de R$ 800 milhões, a primeira-secretaria da Casa, contudo, esteve no centro de uma disputa acirrada. Janaina tentou se viabilizar para o cargo, mas tinha como "adversário" o deputado Beto Dois a Um (União), que seria o preferido do Palácio Paiaguás. Após intensas negociações, chegou-se ao consenso de que o cargo ficaria com Doutor João (MDB). 

“Nós somos em 24 [deputados]. Cada um é dono das suas decisões. Então não culpo o governo, que é humano e pode fazer seu trabalho. Aqueles que se sujeitam a interferência são um dilema interno para a Assembleia. Um projeto de independência seria interessante. Devemos auxiliar o Governo, mas não sermos submissos”, disse. 

Janaina afirmou ainda que a falta de representatividade feminina na Assembleia passa uma "mensagem muito ruim", mas que a Mesa Diretora não foi enfraquecida pelas rusgas da disputa.   

“É uma frustração como mulher. Gostaria muito [de ser eleita]. Vamos trabalhar para ter mais mulheres na próxima legislatura, mas a mensagem que Mesa passa é muito ruim, porque a mulher é preterida na hora de tomar a decisão”, disse. 

“Nenhuma Mesa é enfraquecida, porque tem muita força. A questão do colegiado fala mais alto. O meu partido está colocando o primeiro-secretário, então ficamos unidos. Os arranhões são normais, em toda eleição têm os que ficam de fora e não conseguem participar”, completou.