Política

O governador Mauro Mendes (União) sugeriu que o cacique Raoni Metuktire possa ter agido como um “longa manus” do presidente da França, Emmanuel Macron, ao ter disparado críticas contra a Ferrogrão, que ligará Sinop ao porto de Miritituba, e poderá se tornar uma das principais rotas de escoamento do agronegócio de Mato Grosso.

Longa manus é um termo com origem no latim, cuja tradução livre é "longa mão", para designar uma pessoa que cumpre ordem, que servem como "pau-mandado". 

“Nós o vimos saindo de uma reunião com o Macron e começou a falar mal da ferrovia. Ficou muito estranho isso, né? Ficou parecendo que ele estava sendo um longa manus, um porta-voz do Macron”, disse Mauro, na quinta-feira (2).

O governador tem feito uma série de críticas à atuação de Macron no sentido de utilizar pautas ambientais e indigenistas para tentar frear o desenvolvimento do agronegócio nacional. A França é um dos principais concorrentes europeus do agro brasileiro.

De acordo com Mauro Mendes, Raoni quer sentar-se com o governo para explicar o posicionamento sobre a ferrovia. O governador ainda saiu em defesa do traçado, que atualmente está judicializado justamente por conta de o traçado margear território indigena. 

“Não passa dentro de nenhuma reserva indígena, praticamente 90% do traçado está ao longo da BR-163, não vai desmatar quase nada. Já que nós vivemos uma era da descontaminação de carbono, quem fala contra a ferrovia está trabalhando a favor da emissão de carbono”, ponderou Mauro.

“É uma incoerência de ambientalistas ou de ONGs defender a não emissão de carbonos e defender que milhares de carreta por dia fique queimando milhões de toneladas de diesel emitindo carbonos jogando a atmosfera”, destacou.