Política

O ministro de Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho, disse que a internacionalização do Aeroporto Marechal Rondon deve ser efetivada “nas próximas semanas”. Nenhuma data foi estabelecida. A fala foi feita em discurso, na tarde desta quarta-feira (31), em Várzea Grande, durante o evento de entrega das obras realizadas nos quatro aeroportos do estado.

Havia a expectativa de que o Governo Federal aproveitasse a vinda do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a Mato Grosso para oficializar essa autorização para que o estado possa receber voos de países vizinhos, o que acabou não acontecendo.

“Eu falava com o presidente Lula da importância da internacionalização aqui do aeroporto de Cuiabá e o presidente Lula já nos determinou, ao lado da Anac, que nessas próximas semanas nós estaremos com o aeroporto de Cuiabá internacionalizado para receber voos internacionais de todo o mundo, tendo em vista a importância do agronegócio aqui para o estado”, afirmou Sílvio Costa em sua fala.

Lula discursou pouco depois, mas não tocou no assunto. Após o evento, o presidente ignorou a imprensa local. A comitiva seguiu para um segundo evento, de entrega de um conjunto habitacional do programa “Minha Casa, Minha Vida”, no bairro Novo Mundo, também em Várzea Grande.

Na terça-feira (30), o secretário de estado de Desenvolvimento Econômico, Cesar Miranda, havia adiantado ao RepórterMT que a internacionalização ainda dependia da expedição de autorizações de três órgãos federais: a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), da Receita Federal e do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

“A expectativa é que ele já traga essas autorizações também, porque são todos órgãos federais”, havia comentado o secretário.

A ideia do Governo do Estado é que o Aeroporto Marechal Rondon se torne um centro de distribuição de voos para destinos da América do Sul. Conversas estão em andamento com empresas aéreas de países vizinhos, mas dependem da liberação definitiva que só pode ser emitida pelo Governo Federal.

Além do turismo, as autoridades do estado acreditam que a medida possa facilitar o deslocamento de empresários que têm negócios em Mato Grosso, além do transporte de cargas, geralmente de alto valor agregado, gerando empregos na região.