A Operação Three Millions, deflagrada nesta sexta-feira (27) pela Polícia Civil, cumpriu mandados de busca e apreensão na casa de sete policiais militares e civis, em Cuiabá e Várzea Grande.
O MidiaNews teve acesso à decisão do juiz João Filho de Almeida Portela, da 2ª Unidade Judiciária Criminal de Várzea Grande, que autorizou as buscas.
Os alvos da operação são os policiais militares Ivan Guimarães da Silva, Paulo Cesar Silva Campos e César Luis de Campos Curado e os civis Renato Conceição Barros, Lenilson Barros de Moraes, Fábio Gomes Teles e Adrianno Vieira Sodré. Não houve ordem de prisão.
Eles são suspeitos de invadir a chácara do ex-secretário municipal de Saúde de Cuiabá, Célio Rodrigues, atrás de R$ 3 milhões que estariam escondidos no imóvel.
Em meio ao cumprimento dos mandados de busca, o policial Fábio Gomes Teles foi detido por estar com munições irregulares. Ele, no entanto, pagou fiança de um salário mínimo (R$ 1.320) e já está em liberdade.
A ação cumpriu ordens judiciais de busca, apreensão domiciliar, afastamento da função pública e proibição de porte de arma.
O grupo de policiais é investigado por roubo majorado, associação criminosa e fraude processual. A investigação foi realizada pela Corregedoria da Polícia Civil com o apoio da Corregedoria Militar.
As ordens judiciais foram decretadas com base em investigações realizadas em inquérito policial instaurado na Corregedoria que apuraram a invasão em uma chácara em Várzea Grande, onde os agentes públicos estariam em busca do dinheiro, que estava escondido no forro da residência.
O boletim de ocorrência registrado pelo caseiro na época informa que os homens deixaram o imóvel levando apenas um HD onde estavam as imagens do circuito interno do imóvel.
Célio foi secretário de Saúde na gestão do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). Ele já foi preso três vezes por suspeita de desvios de recursos.
Segundo os investigadores, os policiais investigados detinham a informação sobre o possível esconderijo do dinheiro e se arquitetaram para efetivar a subtração valor, no sentido de obter vantagem indevida.
Durante as investigações, foi apurado que os agentes públicos renderam o caseiro do local, sob grave ameaça com uso de arma de fogo, exigindo a localização do dinheiro. Ao final da ação, os investigados subtraíram o DVR e câmeras de segurança da residência para evitar qualquer identificação deles, como forma de dificultar as investigações.
FONTE/CRÉDITOS: Agencia da noticia
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