Deputados de Mato Grosso expressaram descrença em uma possível demissão de Carlos Fávaro (PSD) do comando do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) do governo Lula (PT). A conspiração contra o ministro, que ganhou força após alegações de irregularidades em um leilão para a compra de arroz importado, foi tema de discussão entre os parlamentares da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT).
Durante o depoimento de Fávaro à Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados, políticos mato-grossenses defenderam a permanência do ministro. Eduardo Botelho (União), presidente da ALMT, destacou a necessidade de esclarecer as denúncias, mas ressaltou a importância de Fávaro para o agronegócio local. “A permanência dele é positiva para o Estado e para o diálogo com os produtores”, afirmou Botelho.
Júlio Campos (União), presidente da Comissão de Constituição e Justiça da ALMT, também defendeu Fávaro, mencionando a pressão política para sua substituição, mas reforçando a eficiência do ministro em fortalecer a relação entre o governo Lula e o setor produtivo. “Não vejo possibilidade de exoneração, especialmente devido ao trabalho conceituado que ele vem realizando”, comentou Campos.
Valdir Barranco (PT), presidente do Partido dos Trabalhadores de Mato Grosso, atribuiu a polêmica à cobiça por parte de outras siglas pelo controle do Mapa, mas descartou a demissão de Fávaro. “O Mapa é muito cobiçado, mas não há ameaça do governo para tirá-lo do cargo”, opinou Barranco.
Os deputados concordam que, apesar das controvérsias, a liderança de Fávaro é crucial para o agronegócio e a estabilidade política em Mato Grosso.
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