O pedreiro Antônio Gomes da Silva assumiu ter sido o autor dos disparos que matou o advogado Roberto Zampieri. Ele, entretanto, negou o envolvimento dos outros dois réus no crime, Hedilerson Fialho Martins Barbosa e o coronel Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas.
O depoimento foi durante a primeira audiência de instrução e julgamento da ação penal sobre a morte do advogado, na noite desta segunda-feira (22).
Antônio negou também o envolvimento do empresário Aníbal Manoel Laurindo, apontado pela Polícia como mandante do crime.
Antônio disse ter sido pressionado pelos delegados durante depoimento e prometeu revelar durante o júri a mando de quem agiu.
"Eu não vou revelar agora, porque sei com quem estou mexendo. Rechaço a participação do Hedilerson, do coronel e do Aníbal", disse.
"Eu só falei por pressão dos delegados. Falaram que meus filhos estavam lá embaixo [da delegacia] e que podiam incriminar eles", acrescentou.
Antônio confirmou que a arma usada no crime era de Hedilerson, mas disse que o amigo não sabia de nada até ser preso. Ele afirmou ter pego a arma enquanto Hedilerson estava no banho.
"Usei ela porque estava numa situação de pressão naquele momento. Como ele tem permissão para viajar com a arma, usei. Ele não sabia. Ele soube quando foi preso", disse.
"Quando fiquei sabendo que o Hedilerson estava preso, pensei que acabei com um cara de família. Quebrei a confiança dele", afirmou.
O réu reafirmou que, "por garantia de vida", somente no tribunal do júri irá falar. "Eu sei com quem estou mexendo", disse.
Antônio respondeu somente as perguntas feitas pelos seus advogados e, quando questionado se foi lhe dado pelos delegados o direito de ficar em silêncio, ele negou.
"Em nenhum momento me falaram isso. Não foi falado que eu tinha direito, nem que podia ficar em silêncio", afirmou.
"Eles chegaram com um monte de fotos das supostas pessoas que eles achavam que estavam no crime e perguntaram sobre um cara de sotaque italiano. Eu disse que não conhecia."
Antônio disse estar arrependido de ter cometido o crime.
"Totalmente. E por ter colocado pessoas que não têm nada a ver. Mas no júri vou contar quem é", completou.
Outros réus
Hedilerson e o coronel Caçadini negaram ter envolvimento no crime.
"Me considero inocente e confio que a justiça será feita. Mesmo se tivesse condições financeiras, não é o meu perfil e jamais faria isso", disse Caçadini.
O caso
Roberto Zampieri foi assassinado no dia 5 de dezembro do ano passado, quando deixava seu escritório no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá. Ele havia acabado de entrar em seu carro, um Fiat Toro branco, quando o assassino se aproximou e atirou dez vezes contra ele.
Em fevereiro deste ano, o juiz Wladymir Perri, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, acolheu o pedido do Ministério Público Estadual e tornou Antônio Gomes da Silva, Hedilerson Fialho Martins Barbosa e Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas réus pelo crime. Além disso, o magistrado converteu a prisão temporária do trio em preventiva.
O depoimento foi durante a primeira audiência de instrução e julgamento da ação penal sobre a morte do advogado, na noite desta segunda-feira (22).
Antônio negou também o envolvimento do empresário Aníbal Manoel Laurindo, apontado pela Polícia como mandante do crime.
Antônio disse ter sido pressionado pelos delegados durante depoimento e prometeu revelar durante o júri a mando de quem agiu.
"Eu não vou revelar agora, porque sei com quem estou mexendo. Rechaço a participação do Hedilerson, do coronel e do Aníbal", disse.
"Eu só falei por pressão dos delegados. Falaram que meus filhos estavam lá embaixo [da delegacia] e que podiam incriminar eles", acrescentou.
Antônio confirmou que a arma usada no crime era de Hedilerson, mas disse que o amigo não sabia de nada até ser preso. Ele afirmou ter pego a arma enquanto Hedilerson estava no banho.
"Usei ela porque estava numa situação de pressão naquele momento. Como ele tem permissão para viajar com a arma, usei. Ele não sabia. Ele soube quando foi preso", disse.
"Quando fiquei sabendo que o Hedilerson estava preso, pensei que acabei com um cara de família. Quebrei a confiança dele", afirmou.
O réu reafirmou que, "por garantia de vida", somente no tribunal do júri irá falar. "Eu sei com quem estou mexendo", disse.
Antônio respondeu somente as perguntas feitas pelos seus advogados e, quando questionado se foi lhe dado pelos delegados o direito de ficar em silêncio, ele negou.
"Em nenhum momento me falaram isso. Não foi falado que eu tinha direito, nem que podia ficar em silêncio", afirmou.
"Eles chegaram com um monte de fotos das supostas pessoas que eles achavam que estavam no crime e perguntaram sobre um cara de sotaque italiano. Eu disse que não conhecia."
Antônio disse estar arrependido de ter cometido o crime.
"Totalmente. E por ter colocado pessoas que não têm nada a ver. Mas no júri vou contar quem é", completou.
Outros réus
Hedilerson e o coronel Caçadini negaram ter envolvimento no crime.
"Me considero inocente e confio que a justiça será feita. Mesmo se tivesse condições financeiras, não é o meu perfil e jamais faria isso", disse Caçadini.
O caso
Roberto Zampieri foi assassinado no dia 5 de dezembro do ano passado, quando deixava seu escritório no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá. Ele havia acabado de entrar em seu carro, um Fiat Toro branco, quando o assassino se aproximou e atirou dez vezes contra ele.
Em fevereiro deste ano, o juiz Wladymir Perri, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, acolheu o pedido do Ministério Público Estadual e tornou Antônio Gomes da Silva, Hedilerson Fialho Martins Barbosa e Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas réus pelo crime. Além disso, o magistrado converteu a prisão temporária do trio em preventiva.
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FONTE/CRÉDITOS: Olhar Alerta
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