Política

O presidente do PL em Mato Grosso, Ananias Filho, afirmou que o empresário do agronegócio Odílio Balbinotti Filho descartou a possibilidade de ser candidato a vice-governador em uma chapa encabeçada por Otaviano Pivetta (Republicanos).

“O Balbinoti já nos falou que não aceita ser vice”, disse Ananias ao ser questionado pela imprensa sobre uma eventual composição entre os dois nas eleições de 2026. 

"Ele não está ditando a regra, é uma opção dele. Ele está se colocando à disposição para ser candidato a governador. A decisão para ser candidato é personalíssima. O partido não manda na decisão pessoal", acrescentou. 

Pivetta, que é o atual vice-governador do Estado, colocou seu nome na disputa pela sucessão do Palácio Paiaguás desde o início do ano e é apoiado pelo governador Mauro Mendes (União). 

Na última quarta-feira (13) Balbinotti se posicionou pela primeira vez como candidato ao Governo de Mato Grosso e disse que iria procurar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para buscar um aval ao seu nome. 

O empresário, ainda sem partido, admitiu que pretende se filiar ao PL para se lançar na política. Ele deve disputar com o senador Wellington Fagundes (PL) para saber quem será o nome que representrá a sigla na disputa eleitoral. 

Aberto ao diálogo 

Segundo o presidente, apesar de Balbinotti descartar uma candidatura à vice, o partido ainda está disposto a se reunir para articular com o grupo de Mendes e Pivetta. 

Ananias lembrou que o PL fez parte do arco de aliança do governador na última eleição, em 2022, quando ele tentou a reeleição. 

“O Odilio é uma boa pessoa, o Wellington é uma boa pessoa, e ambos têm condições de lançar o PL a alçar voos maiores. O Pivetta está em um partido que é aliado de 2022, o Republicanos, o União Brasil e o PL foram unidos, então nós não vamos descredenciar o Pivetta, mas nós vamos sentar na mesa depois do começo das administrações do PL”, disse. 

Força política 

O presidente reiterou que o PL em Mato Grosso ganhou uma nova “musculatura” após o resultado das eleições municipais, que, para ele, credencia o partido a articular seu próprio projeto para 2026. 

O partido da direita conseguiu eleger prefeitos nas cinco maiores cidades do Estado: Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Sinop e Primavera do Leste. 

Apesar de resultado expressivo para a sigla, Ananias afirmou que a busca de apoio de outros partidos será essencial para garantir sucesso no próximo pleito. 

“O PL está credenciado para disputar a eleição, isso vai ser determinante, sem dúvidas, mas não podemos ser arrogantes e nem prepotentes. Temos que ter calma, paciência e muita conversa. Agora, lógico que a musculatura do PL hoje é diferente de seis meses atrás, a musculatura é mais robusta, mas isso não vai criar em nós um sentimento de prepotência”.