Política

Em entrevista na tarde desta segunda-feira (29), o pré-candidato a prefeito de Cuiabá, Lúdio Cabral (PT) desconsiderou a possível rejeição ao Partido dos Trabalhadores (PT) na capital e disse que pretende buscar votos até dos eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A pré-candidata a vice na chapa do petista, Rafaela Fávaro (PSD) afirmou que o debate não será focado na polarização política, mas sim nos problemas locais.

De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nas eleições presidenciais de 2022 o presidente Lula (PT) obteve 133.852 votos em Cuiabá, o que corresponde a 38,5% do total de votos para presidente, enquanto Jair Bolsonaro (PL) obteve 213.787, ou seja, 61,5% do total. Apesar disso, Lúdio confia que nas eleições municipais deste ano isso não deve impactar na votação e espera receber votos até mesmo de bolsonaristas.

“É no diálogo com a população, no debate de propostas para os problemas da cidade que nós conduziremos a nossa campanha, buscando acolher os votos de toda a nossa população sem qualquer tipo de discriminação. Queremos voto do eleitor do Lula, queremos voto do eleitor da Tebet, do eleitor do Bolsonaro, queremos o voto da população de Cuiabá, porque nós vamos governar Cuiabá para todos e ao lado de todos, independente de posição partidária e ideológica”, afirmou.

A agora confirmada pré-candidata a vice do petista, Rafaela Fávaro, afirmou que não tem percebido esta rejeição ao partido de seu pai, o ministro Carlos Fávaro (PSD), apesar da proximidade que ele tem com o presidente Lula.

“Eu tenho andado no estado e não tenho sentido essa rejeição ao PSD, é um partido que tem sido muito acolhido, nós somos o maior partido do Brasil em número de prefeituras, nós vamos ter número de prefeitos aqui em Mato Grosso também, então eu acredito que com o diálogo, com a construção, mostrando as nossas ideias, nós vamos cada vez mais agregar pessoas ao nosso projeto”.

Assim como Lúdio, ela acredita que as discussões no período de campanha não serão focadas na polarização política e sim nos problemas da cidade.

“Nós vamos debater a política municipal, nós vamos debater os problemas das pessoas aqui na cidade, nós vamos debater asfalto, saúde, educação, creches, inclusão social, inclusão das mulheres, então nós estamos preparados para este debate, independente do debate ideológico, nós queremos acolher todas as pessoas, todos os apoios, inclusive ouvir as críticas e poder melhorar com elas”.

Lúdio, ao ser questionado se teme que o apoio de Lula acabe o prejudicando na campanha, afirmou que “todo apoio agrega positivamente ao nosso projeto”.