Uma operação da Polícia Militar, que visava impedir tentativas de invasão fazendas nos municípios de Novo Mundo (785 km de Cuiabá) e São José do Xingu (1.200 km de Cuiabá), terminou com a prisão de 13 pessoas, entre elas um padre e uma defensora pública, na segunda-feira (27).
O padre Luís Cláudio, de São Félix do Araguaia, e a defensora Gabriela Beck, coordenadora do Núcleo de Guarantã do Norte, foram presos em Novo Mundo, junto com mais dois integrantes da CPT (Comissão Pastoral da Terra), Kamila Picalho e Valdir Seze.
A fazenda ocupada se chama Cinco Estrelas, que, conforme a CPT, seria de propriedade da União. Segundo as forças de segurança de Mato Grosso, essa era uma invasão criminosa.
A CPT alegou que seus membros foram até o local para assegurar a integridade das famílias e mediar um conflito. Segundo a Comissão, as famílias relataram situação de extrema violência na fazenda.
Segundo a Pastoral, a atuação da Polícia teve uma série de abusos. Mulheres foram revistadas por policiais homens, que teriam agredido os trabalhadores com socos e pontapés, além da apreensão de celulares e destruição de barracos.
A Defensoria Pública de Mato Grosso também se manifestou e afirmou que a ação da PM foi uma violação de prerrogativa da servidora. Segundo o órgão, providências serão adotadas diante da “detenção arbitrária e violência sofrida por Gabriela”.
Segundo o órgão, a defensora recebeu voz de prisão enquanto realizava atendimento em uma área próxima à da desocupação, que ocorria sem determinação da Justiça.
A Defensoria afirma ainda que há informações incorretas no boletim de ocorrência e que Gabriela sofreu agressões físicas por parte do major que comandava a operação.
As investigações serão conduzidas agora pela Polícia Civil.
FONTE/CRÉDITOS: Agencia da Noticia
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