A Praça dos Três Poderes, em Brasília, foi palco de cenas de horror na noite dessa quarta-feira (13/11). Um homem e um carro explodiram, por volta das 19h30, nas proximidades do prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) e no estacionamento Anexo IV da Câmara dos Deputados, respectivamente.
Os ministros do Supremo foram retirados às pressas do prédio da Corte, e a Praça dos Três Poderes precisou ser isolada por risco de novas explosões. Os palácios do Planalto, Alvorada e Jaburu tiveram reforço na segurança.
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) realizou a perícia no local. Em nota, a Polícia Federal afirmou que um inquérito policial será instaurado para investigar os ataques.Play VideoNesta quinta-feira (14/11), forças de segurança farão uma varredura no Congresso. Não haverá expediente no Senado. Na Câmara, as atividades estão suspensas até as 12h.
Após atentado, o Supremo Tribunal Federal anunciou que irá retomar o uso de grades ao redor da Corte. Os prédios do STF também passarão por uma varredura completa para verificação de eventuais artefatos na madrugada e manhã desta quinta.
O expediente está suspenso até o meio-dia em todos os prédios. A situação será reavaliada ao longo da manhã.
O carro que explodiu, de modelo Kia Shuma, estava carregado com fogos de artifício. O proprietário do automóvel é Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos. Chaveiro de profissão, foi candidato a vereador pelo Partido Liberal (PL), em 2020, por Rio do Sul (SC). Ele é o homem que se explodiu e morreu.
Com prints de mensagens enviadas para ele mesmo, via WhatsApp, Francisco publicou, no início da noite, o que parece ser um anúncio do que estava por vir. “Vamos jogar??? Polícia Federal, vocês têm 72 horas para desarmar a bomba que está na casa dos comunistas de merda”, diz um dos textos.
Em tom de ameaça, outro print diz: “Cuidado ao abrir gavetas, armários, estantes, depósito de materiais etc.”. E prosseguiu indicando o suposto horário de início das explosões: “Início: 17h48 do dia 13/11/2024. O jogo acaba dia 16/11/2024. Boa sorte!”.
Também nas redes sociais, Francisco explicou o porquê da data escolhida para o ataque: “Eu não gosto do número 13”.
Autoridades cobram rigor na investigação
Autoridades se manifestaram nas redes sociais sobre as explosões na Praça dos Três Poderes ocorridas na noite desta quarta-feira (13/11). As mensagens foram de solidariedade a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e parlamentares.
O advogado-geral da União, Jorge Messias, usou o X (antigo Twitter) para manifestar solidariedade aos ministros e parlamentares. “Repudio com toda a veemência os ataques contra o STF e a Câmara dos Deputados. Manifesto minha solidariedade aos ministros e parlamentares”, afirmou.
O ministro do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou ainda que a Polícia Federal (PF) vai atuar com “celeridade” no caso.
“A Polícia Federal investigará com rigor e celeridade as explosões no perímetro da Praça dos Três Poderes. Precisamos saber a motivação dos ataques, bem como reestabelecer a paz e a segurança o mais rapidamente possível”, disse Messias.
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou que investigações sobre as explosões precisam ser feitas com “rigor”. “É essencial conter o avanço do ódio”.
“Não podemos seguir a votação de algo que altera a Constituição enquanto o caos está instaurado”, disse a deputada. Momentos depois, a sessão foi suspensa.
O ministro do STF Flávio Dino foi o primeiro da Corte a se pronunciar após o as explosões na Praça dos Três Poderes. Por meio do Instagram, ele sustentou a resiliência da Justiça. “A Justiça segue firme e serena. Orgulho de servir ao Brasil na Casa da Constituição: o Supremo Tribunal Federal”, escreveu.
FONTE/CRÉDITOS: Agencia da Noticia
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